• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Atuamos no mercado de prestação de serviços contábeis atendendo empresas comerciais e prestação de serviços, industrias, condomínio e entidades sem fins lucrativos.Fornecemos um trabalho diferenciado, através da contabilidade gerencial, do planejamento tributário, de uma assessoria segura, traduzindo os dados apurados numa linguagem acessível e transparente para o cliente.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mudança na poupança exige cautela

Para especialistas, investidores devem aguardar efetivação de novas regras para estudar melhor opção de aplicação

Fonte: Folha de S.PauloTags: poupança

Folhainvest
 

Nenhuma das alterações da poupança e dos fundos de investimento que o governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na semana passada entrou em vigor, mas os investidores de todos os portes estão bastante confusos e se perguntam qual é a melhor estratégia a seguir daqui em diante a fim de conseguir bons retornos para as suas economias.
Nada muda para quem tem até R$ 50 mil disponíveis para aplicações.
Para o investidor que tem um montante maior, nada muda ainda, também porque alguns detalhes sobre as novas regras não foram divulgados, como o tamanho efetivo do desconto de Imposto de Renda que será concedido aos cotistas de fundos durante 2009. Além disso, o Congresso ainda precisa aprovar as alterações.
Mas é possível fazer uma reflexão a respeito das táticas empregadas e, pensando nas mudanças que devem ser implantadas, tentar aperfeiçoá-las.
Com a queda da taxa básica de juros da economia -a Selic foi reduzida pelo Banco Central em 3,5 pontos percentuais desde dezembro-, a caderneta de poupança, a qual oferece rendimentos garantidos de 6% mais a TR (Taxa Referencial), já se mostra mais atraente para o investidor do que muitos fundos de investimento. A variável decisiva nessa comparação é a taxa de administração cobrada dos fundos -quanto mais elevada, menores os ganhos que sobram para o cotista.
De acordo com os cálculos feitos pelo professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Eduardo Paiva a pedido da Folha, com a Selic a 10,25% ao ano, como se encontra agora, somente fundos com taxa inferior a 2% apresentam retorno superior ao oferecido pela poupança, considerando a cobrança de 15% de IR, uma alíquota aplicável ao cotista que fica no mínimo dois anos com o seu dinheiro investido.
O cenário é praticamente igual quando a simulação desconta dos rendimentos da poupança o Imposto de Renda que deve ser cobrado a partir do ano que vem dos investidores cujo saldo na caderneta seja superior a R$ 50 mil.
E, conforme a Selic vai sendo reduzida, menos sedutores ficam os fundos. Chegando a 8% ao ano, perdem da poupança sempre. Nesse ponto, dizem os especialistas, será inevitável para o governo mexer no rendimento da caderneta.

Vantagens e desvantagens
"O investidor, antes de pensar em sair da sua aplicação, tem que esperar para verificar se tudo o que foi anunciado vai se tornar realidade. Aí, sim, haverá parâmetros para analisar, na ponta do lápis, se vale a pena partir ou ficar", diz Mauro Calil, professor e consultor do Centro de Estudos Calil & Calil.
No momento em que as normas estiverem em vigor, a primeira providência a ser tomada é negociar com o gerente do banco taxas de administração menores ou procurar outras instituições que ofereçam condições mais vantajosas -lembrando que a alíquota de Imposto de Renda muda quando se troca de instituição, pois a contagem de tempo zera.
"Dependendo do caso, uma diferença de R$ 10 nos rendimentos nem sequer compensa o trabalho de trocar, afinal, esse dinheiro pode representar as qualidades de uma alternativa ou de outra", afirma Paiva. "A poupança se beneficia do fundo garantidor de crédito, do governo federal, que devolve para o investidor até R$ 60 mil na hipótese de quebra do banco. Demora um pouco mais para recuperar os recursos do fundo se houver algum tipo de problema. Só que o fundo agrega outros serviços que podem ser cômodos para o cliente. Cada um tem que pensar na sua conveniência e, importantíssimo, nos planos que faz para os recursos guardados. Esses objetivos é que devem guiar a escolha do instrumento mais adequado."
Outro conselho de Paiva é que o investidor perca o medo de aplicar em renda variável: ações e derivativos. São alternativas mais arriscadas; porém, no longo prazo, podem proporcionar ganhos maiores do que a poupança e os fundos.
"Entendo que existe um certo medo. No entanto, todos compramos geladeiras sem sermos eletricistas para saber quanto consome de energia ou notebooks sem sermos experts em informática. O mesmo vale para a Bolsa de Valores, trata-se de um produto como qualquer outro, a respeito do qual precisamos ter todas as informações antes de adquirir."