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Notícia

É preciso Vender! Não o Cliente Comprar

É óbvio que a pessoa precisa de emprego e de dinheiro.

Autor: Alfredo PassosFonte: Administradores.comTags: empresariais

 

Se você sair às ruas de qualquer cidade brasileira e visitar lojas de rua ou de shopping Center, iráexperienciar, como de fato, falta muito treinamento para os vendedores de nossas lojas de varejo, por este Brasil.

Difícil generalizar, porque sempre há exceções, mas na grande maioria, o que se vê são as pessoas interessadas perguntando e os vendedores (as) respondendo. Quando o inverso acontece, não é venda, é "empurroterapia", são vendedoras afirmando para moças obesas que ficaram "maravilhosas" com calças agarradíssimas ou vendedores dizendo a homens com barrigas caídas, que aquela camiseta curta vai realçar e muito sua estrutura física de corpo "sarado".

Gosto de visitar o chamado "campo" para observar estes detalhes. Na última incursão, fui a um shopping focado na chamada "nova classe média brasileira, ex-classe C."

Experenciar: Inteligência Competitiva no Ponto-de-Venda 

Em uma loja de produtos ortopédicos, portanto produtos especializados, constatei que pessoas entram, circulam na loja, perguntam os preços, as atendentes respondem e as pessoas vão embora. Ou seja, em nenhum momento foi demonstrado o interesse por parte das atendentes, de perguntar se estas pessoas procuram algo específico ou mencionar que aquele produto tem essa ou aquela característica.

Próxima parada: óculos. Várias lojas. Várias opções. Que desespero. Como um produto relativamente caro, que pode chegar a custar até 6 mil reais, pode estar entregue a uma pessoa com pouco conhecimento sobre o assunto? Em uma loja perguntei sobre uma marca com forte investimento em comerciais na TV e anúncios em revistas. A atendente disse que desconhecia a marca. Será que a empresa não enviou uma comunicação para esta loja? Será que o proprietário não informou esta atendente? E o vendedor da empresa não passou por esta loja? E o distribuidor que revende os produtos para esta loja? Ou seja, é um empurrando para o outro, e no final o consumidor fica abandonado. E na matriz, alguém perguntando porque não vende!!!

Em outra ótica, perguntei sobre óculos com armação de titânio. O atendente me disse que estava em falta por ser importado.

Mas, como disse acima, há as exceções. Em uma ótica, encontro o vendedor nota 10. Como não gosto de iludir ninguém, disse que faço este trabalho de "perambular" pelo mercado, pelo hábito de profissional e professor, e ele gentilmente me mostrou a diferença entre marcas, produtos e lentes. Realmente uma aula nota 10. E constatei que não foi só para minha pessoa. Ele costuma fazer isso regularmente para quem visita a loja onde trabalha.

Mas ficou muito claro, atendimento em óticas, deixa muito a desejar, de novo, de forma geral.

E para finalizar a jornada, as chamadas "gráficas rápidas". Normalmente você procura uma gráfica rápida, primeiro, porque provavelmente você está com pressa! Segundo porque você não tem equipamento ou programa (software na sua residência ou empresa) e por tanto, precisa da gráfica, e terceiro, espera que aquele profissional possa ter mais ou melhores idéias, que você ainda não tenha tido.

Pois é, doce ilusão! Em determinadas gráficas rápidas, rápido mesmo, é a cobrança.

Você vai com um arquivo, e perguntam logo o que você quer. Ótimo. Quero rápido mesmo. Mas se pergunto por uma sugestão de melhoria, arhhh. Um já vira a cara para o outro e lá se foi o bom humor. Mau humor pela frente. "Não sei se vai dar, vamos ver, talvez seja melhor desta forma", a mais cara sempre, e sempre volta para a minha idéia, porque se for a dele é sempre a de maior valor. Ou seja, ou eu peço da primeira vez bem, ou eu me "danei" no pedido e não tenho direito a "refazer" o pedido.

Pessoas farão tudo por um emprego?

Por isso, ao simplesmente colocar uma placa na frente da loja precisa-se "vendedor(a), cada empreendedor(a), "precisa" pensar melhor que tipo de "vendedor(a)" deseja. Pois, estamos denominando pessoas com cargos e funções que talvez elas não saibam direito o quer dizer e talvez elas não estejam treinadas, motivadas, dispostas ou com vontade de fazê-las.

Quando escutamos, alguém nos pedindo para indicar ou pedindo emprego para alguém, pense bem: "ele (ela) precisa de emprego e faz qualquer coisa".

É óbvio que a pessoa precisa de emprego e de dinheiro. Mas é muito diferente de trabalho, e trabalho de vendedor(a), pois este é um trabalho, diferente de outros, que exige esforço, treinamento, disciplina, atenção, gostar de trabalhar com pessoas e por isso, falar, se comunicar com outras pessoas, é imprescindível, porque pessoas, sabemos são diferentes e por vezes difíceis!!!