Notícia
Empresário brasileiro é o 6º mais otimista do mundo, diz pesquisa
Cerca de 77% dos empresários do País se mostraram otimistas diante da economia local
Nem mesmo o fraco PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no ano passado, desanimou os 77% dos empresários que se mostraram otimistas com relação à economia local nos próximos 12 meses no estudo IBR (International Business Report) do 4º trimestre, realizado pela Grant Thornton International.
O índice teve aumento de 11 p.p na comparação ao trimestre anterior. Com o nível de otimismo 4% acima da média global, o País é o 6º colocado no ranking mundial, realizado com 12 mil empresas em 40 países. Para chegar à porcentagem final de cada País, foi realizado um cálculo que que soma os empresários otimistas e, após, subtrai os pessimistas.
Dos 300 executivos brasileiros consultados, 64% preveem aumento das receitas de suas empresas, 51% estimam ter maior lucratividade e 44% esperam contratar mais e investir em máquinas e equipamentos em 2013.
O grande entrave para os planos de expansão das empresas continua sendo a burocracia. De acordo com o levantamento, mais da metade dos empresários afirmou que as regulamentações e entraves burocráticos são os principais fatores que podem restringir o crescimento, seguidos pela falta de mão de obra qualificada, 49%, e pelo custo do financiamento, para 33% dos respondentes.
“No nosso entendimento, as regulamentações e a burocracia estão muito associadas à intervenção do governo na economia, que no caso do Brasil vem emperrando várias obras atreladas aos eventos esportivos como estradas, aeroportos, ferrovias e portos, dentre outros”, comenta o Managing Partner da Grant Thornton Brasil, Paulo Sérgio Dortas.
A disponibilidade de crédito, em compensação, não é uma preocupação segundo o estudo. Mais de 72% dos empresários esperam o crédito mais acessível em 2013, 16 p.p a mais que o registrado no ano passado. Além disso, 73% deles acreditam no suporte dos credores.
Otimismo por região
Na lista dos países mais otimistas estão os empresários dos Emirados Árabes, com 88%, Peru, 86%, Geórgia, 84%, Chile, 82%, e México, 78% dos empresários que se consideram otimistas. Na contramão, aparecem o Japão, com -70%, e a Espanha, -67%.
Regionalmente, a América Latina é a região mais otimista. Quase 70% dos empresários preveem boas perspectivas para 2013. Entre os grupos, os PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) tiveram -56% dos empresários com expectativas positivas e a Zona do Euro, - 22%.“No cenário global, as esperanças de uma recuperação econômica mundial em 2013 são reduzidas, pelo menos é o que mostra a confiança das economias maduras em suas economias. Os Estados Unidos e a Zona do Euro são a principal razão dessa queda de otimismo.”, comenta Dortas.
O nível de otimismo entre os empresários norte-americanos estava em 50% no segundo trimestre desse ano e desabou para - 4% no quarto trimestre, o menor nível desde a crise financeira de 2008.