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5 práticas de RH que freiam a inovação nas empresas
A RHOPEN, consultoria de RH, é uma das patrocinadoras do HR4Results, considerado o maior evento de RH da América Latina. O encontro, que acontece nos dias 26 e 27/7 na capital paulista, tem promovido discussões, palestras e trocas de ideias sobre a importância do RH no processo de inovação das companhias
De acordo com Cátia Horsts, CEO da RHOPEN, a digitalização do RH – que o segmento tem chamado de RH 4.0 – é uma tendência irreversível que chegou para flexibilizar e expandir benefícios, além de tornar os sistemas mais assertivos. A executiva ainda aponta que, frente a esse cenário, políticas e plataformas que muitas empresas veem como funcionais podem mascarar perdas irreparáveis, inclusive prejuízos de milhões.
“O sistema de folha de pagamento em que ‘que todos estão acostumados’, a cesta de benefícios obsoleta, o discurso de bem-estar que não sai do papel, o jurídico desatualizado, o ruído com áreas que trabalham com metas competitivas. Todos eles apresentam um ponto em comum: têm uma aparência inofensiva, mas podem ser verdadeiros vilões da inovação nas empresas. Mais do que fazer a empresa perder reputação e preferência na atração de talentos, eles trazem prejuízo financeiro no dia a dia. Inclusive pequenas quantias que, quando somadas ao final de um semestre ou mesmo um ano, podem representar milhões”, alerta a executiva.
Mediante o novo panorama do RH, Cátia sinaliza cinco práticas de RH que aparentam ser inocentes no dia a dia, mas podem gerar perdas irrecuperáveis a curto ou médio prazo:
Sistema defasado e mal parametrizado– a plataforma para gestão de folhas de pagamento que “todo mundo gosta e está acostumado” pode camuflar prejuízos milionários para as companhias. “Recentemente, fizemos um estudo em folhas de pagamento emitidas nos últimos anos, e calculamos um valor aproximado de R$ 20 milhões em perdas financeiras por não conformidades. Isso vai desde um sistema defasado ou mal parametrizado até lançamentos equivocados. Esse montante mostra a importância tanto da automatização inteligente como a boa parametrização desses sistemas”, aponta Cátia.
Cesta de benefícios “de prateleira”- de acordo com a executiva, acabou-se o tempo em que quantidade seja sinônimo de qualidade, inclusive quando se fala do pacote de benefícios das empresas. “O colaborador de hoje em dia está mais interessado em benefícios aderentes para a sua realidade do que valores vultosos desse pacote. E, de preferência, que ele consiga fazer uma gestão inteligente. Do que adianta um vale-alimentação farto para um executivo que fica o dia todo fora de casa? Um vale-transporte ou vale-combustível polpudo para quem só se locomove de bicicleta ou carro de aplicativo? Descontos em atividades infantis para colaboradores solteiros e sem filhos? A proposta de flexibilização de benefícios é vantajosa para as empresas, para colaboradores, evita perdas financeiras e motiva equipes. Todos ganham”, comenta.
Desatualização em relação a leis – o RH amparado por um Jurídico acomodado é um RH ameaçado. Leis recentes como a MP 1.108/22, conhecida como MP do home office, precisam ser conhecidas a fundo pelas empresas que buscam atrair e reter os melhores talentos do mercado. “Mais uma vez, vale reforçar: inovar não é só investir em tecnologia. É fazer diferente, estar um passo à frente. Se a empresa sequer consegue estar atualizada com leis, como vai querer ser inovadora?”, questiona a executiva. “E se a questão é produtividade e presença, existem inúmeros recursos digitais para isso, incluindo controle de ponto digital”, acrescenta.
Desconexão entre o RH e as metas da companhia – nesse caso, a ausência de vínculo afeta principalmente os OKR de médio e longo prazos estabelecidos em planejamentos estratégicos. “O RH precisa ser mais estratégico, focar na gestão de pessoas e se desprender de problemas emergenciais e do passado. Para isso, é importante que trabalhe com plataformas preditivas. Isso colabora para que a empresa olhe para o futuro e consiga fazer previsões assertivas, o que é primordial para bater resultados e metas de médio e longo prazo. Menos olho no micro, mais olho no macro. Menos tempo consumido em operação, mais foco em estratégia”, explica Cátia.
Gestão da saúde apenas no papel – segundo levantamento realizado pela Pulses, plataforma de gestão e engajamento, e a Vittude, plataforma de saúde mental corporativa com 3 mil colaboradores de todos os níveis, 81% deles estão se sentindo esgotados ao fim do dia e pouco mais da metade (51%) relatam dificuldades para cumprir suas atividades. O mesmo percentual diz estar sem paciência com colegas e integrantes de suas equipes. De acordo com a CEO da RHOPEN, “mais do que transpor teoria à prática, investir em políticas de promoção da saúde física e mental, além de motivar colaboradores, reduz o absenteísmo e até mesmo o afastamento por motivos médicos. Ou seja, promoção da saúde não é apenas deixar o colaborador satisfeito: é, além disso, evitar perdas pessoais e financeiras para a companhia”, finaliza.