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74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já usam IA
Estudo aponta que 74% das micro, pequenas e médias empresas já usam a inteligência artificial com frequência no Brasil
A inteligência artificial (IA) tem sido amplamente utilizada para aprimorar a gestão de negócios e a eficiência de processos de diversos segmentos. Um relatório do Boston Consulting Group mostra que mais da metade (51%) das organizações que usam inteligência artificial na América Latina conseguiram lucrar com a tecnologia. O estudo também mostra que a maior parte das organizações dessa região está usando IA para desenvolver novas maneiras de gerar valor e na melhoria de processos já existentes.
Diante do aumento de iniciativas para implementar a inteligência artificial no dia a dia da sociedade, novas estratégias e ferramentas são construídas para expandir, ainda mais, as habilidades relacionadas às inteligências artificiais. Esse será o tema do evento “Inteligência artificial e as novas tecnologias: os impactos no mercado brasileiro”, promovido pelo Correio, no dia 30 de abril.
No Brasil, há um crescente interesse na adoção de tecnologias de IA por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de diferentes segmentos econômicos, segundo um estudo recente realizado pela Edelman Comunicação, a pedido da Microsoft. Com base nas respostas de líderes empresariais, o levantamento aponta que a maioria das MPMEs (74%) está utilizando IA com frequência ou constantemente, enquanto 90% estão em vias de adotar a tecnologia em suas operações.
A pesquisa anual expandiu seu foco para a inteligência artificial investigando tendências, desafios e oportunidades dentro deste campo em constante mudança. Com isso, a conclusão foi de que as principais motivações das empresas em investir em IA foram: melhorar a experiência do cliente (61%), ganho de eficiência, produtividade e agilidade (54%), e garantir a continuidade do negócio (46%). A maioria das empresas pesquisadas disseram usar IA como assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%).
A segunda forma de aplicação mais comum da IA para empresas, segundo a pesquisa, é como uma ferramenta para agilizar o trabalho (64%) e 43% já estão usando para gerar conteúdo de textos ou imagens. Para o mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB), Carlos Jacobino, no futuro, as empresas se dividirão em dois grupos distintos: aquelas que adotam a IA e aquelas que ficaram para trás no mercado. “As organizações bem-sucedidas estão dedicando recursos significativos à atração de talentos e à implementação de aplicativos de IA.
Essas empresas estão investindo com antecedência em soluções de inteligência artificial. Elas serão mais competitivas no médio e longo prazo. No entanto, as empresas que atuarem sem investir em IA não serão capazes de concorrer no mercado”, explica Jacobino. Diante deste cenário, percebe-se que a inteligência artificial tem um enorme potencial de gerar benefícios.
Entre as principais vantagens de implementar essa tecnologia em um negócio estão o aumento dos lucros, crescimento sustentável, melhoria na tomada de decisões financeiras e construção de uma marca responsável. Empresas De acordo com a pesquisa, a inteligência artificial pode ser uma forte aliada para entender o comportamento do consumidor e prever tendências. O especialista em tecnologia afirmou que é a partir dessa análise que se torna possível traçar estratégias para vender produtos e serviços de forma mais assertiva.
“A IA tem a capacidade de analisar altos volumes de dados e gerar insights necessários. Isso permite que as empresas ajustem suas estratégias de negócios de maneira mais precisa e rápida, respondendo às demandas do mercado de forma proativa e personalizada e, assim, aumentem os seus lucros”, explicou.
Nos quesitos crescimento sustentável e melhoria na tomada de decisões financeiras, dois aspectos são fundamentais: cuidado com o meio ambiente e boa saúde financeira para a empresa viver no longo prazo.
De maneiras diferentes, em ambos os casos, a IA pode apoiar para chegar a cada objetivo. No primeiro, a inteligência artificial consegue, por exemplo, identificar áreas de ineficiência nos processos de negócios e fornecer insights para melhorias, promovendo a sustentabilidade operacional a longo prazo. Já no segundo, a tecnologia pode funcionar como uma parceira estratégica para a tomada de decisão baseada em dados sobre investimentos, novos produtos e alocação de verbas, por exemplo.