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Notícia

Colunista do Financial Times recomenda investir em ‘mercados emergentes como Brasil’

Ruchir Sharma explica que mercado brasiliero está desvalorizado e, por isso, seria momento certo para investir

O investidor e colunista do Financial Times, Ruchir Sharma, disse em entrevista a BBC News Brasil, que “retiraria meu dinheiro dos Estados Unidos e colocaria em mercados emergentes”. Apesar do teor otimista da declaração, o investidor não acredita que o Brasil vive um bom momento.

Sharma explica que atualmente existe um otimismo exagerado em relação à economia dos Estados Unidos e isso faz com que os preços dos papéis americanos fiquem encarecidos. Já os países emergentes, onde o Brasil se encontra, a situação é a oposta: eles estão subvalorizados além da conta.

Segundo o colunista, nos, próximos 5 a 10 anos, haverá espaço para lucrar com esse “desalinho”. Segundo ele, esse é o momento de retirar o dinheiro investido nos EUA e aplicá-lo em mercados emergentes, como o Brasil.

Pesquisa do colunista

Entre 2010 e 2012, Sharma viajou pelos países emergentes para tentar descobrir onde haveria o próximo milagre econômico. Na época, havia grande otimismo com os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e a conclusão que Sharma teve foi de encontro ao da maioria.

Ele concluiu em seu livro “Breakout Nations: In Pursuit of the Next Economic Miracle (“Países emergentes: Em busca do próximo milagre econômico”, em tradução livre) que o Brasil não resistiria ao fim do ciclo das commodities, e eventualmente voltaria a ter um baixo crescimento. O investidor via nos EUA o próximo milagre econômico.

Hoje, ele acredita que a situação se inverteu. Sharma vê melhores oportunidades de crescimento em alguns países emergentes do Leste Europeu e da América Latina do que nos Estados Unidos.

Contudo, ele deixa claro que não acredita no modelo de crescimento do Brasil, e acredita que a economia brasileira seja dependente demais do Estado. Sharma diz que investiria no Brasil e outros países emergentes apenas como forma de diversificar o dinheiro.