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NF-e: fabricantes de papel estão em contagem regressiva
Como tantos outros setores, a indústria de papel se prepara para começar a emitir a nota fiscal eletrônica (NF-e) a partir de 1º de setembro.
Como tantos outros setores, a indústria de papel se prepara para começar a emitir a nota fiscal eletrônica (NF-e) a partir de 1º de setembro. Ironicamente, os fabricantes de papel terão de reduzir drasticamente a utilização daquele material, substituindo a tradicional dupla formada entre talão de notas e papel carbono pela versão digital, emitida via internet.
Mais de 200 milhões de notas fiscais eletrônicas já foram emitidas e autorizadas pela Receita Federal desde o abril do ano passado, quando o sistema começou a ser implantado em diversos segmentos da economia. “Além da necessidade de fazer uso das novas tecnologias que garantem um combate mais eficiente à sonegação, os principais objetivos para a substituição do modelo tradicional é reduzir custos, simplificar as obrigações acessórias dos contribuintes e permitir, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco”, diz Wagner Oliveira, sócio-diretor da Versifico Web Solutions.
Oliveira destaca vários benefícios decorrentes da implantação na NF-e. “Quem vende, terá uma significativa redução de custos com impressão, aquisição do papel, envio dos documentos, gestão e armazenamento das notas emitidas, entre outros. Já o comprador se vê desobrigado de grande parte da burocracia na recepção de mercadorias, se beneficia com a redução de erros de digitação que costumam atrasar as operações e pode programar com segurança sua operação logística”.
Apesar de os Estados Unidos liderar a produção mundial de papel e o Brasil ocupar o sexto lugar nesse ranking, o market share na produção de celulose de eucalipto é verde-amarelo. Dados da Bracelpa ( Associação Brasileira dos Fabricantes de Celulose e Papel) revelam que o setor conta com 220 empresas, com unidades em 17 estados e 450 municípios. São gerados mais de 114 mil empregos diretos e 570 mil indiretos, o que faz desse um dos principais setores da economia brasileira.